Summary: | A Fitoterapia é considerada um método terapêutico que utiliza componentes ativos de plantas. Existem referências históricas que descrevem as propriedades das plantas medicinais. Durante milhares de anos estas foram a única alternativa terapêutica utilizada pelo homem. Com a revolução industrial e química (e os respectivos avanços tecnológicos), esta terapêutica foi sendo substituída por outras. No entanto, nas últimas décadas houve um aumento da procura deste tipo de alternativas terapêuticas, acreditando-se serem seguras e desprovidas de interações e efeitos secundários. Este conceito está errado, as plantas contêm uma complexa mistura de componentes farmacologicamente ativos que podem alterar a ação terapêutica de outros medicamentos. As interações entre medicamentos à base de plantas medicinais e medicamentos de síntese podem ser farmacodinâmicas e/ou farmacocinéticas. Este trabalho propõe, deste modo, efetuar uma revisão bibliográfica sobre as interações entre os medicamentos à base de plantas e medicamentos de síntese, focando-se sobretudo nas plantas mais conhecidas e usadas como o Ginkgo, o Ginseng, a Valeriana e o Hipericão. Para enriquecer o trabalho, foi ainda realizado um questionário a utentes de uma parafarmácia do Norte do país com o objetivo de inferir qual a perceção dos mesmos acerca das interações planta-medicamento. Analisaram-se os resultados e concluiu-se, no geral, os utentes da parafarmácia do Norte do país avaliada não consideram graves as interações entre medicamentos à base de plantas/plantas medicinais e medicamentos de síntese. Embora acreditem que as plantas medicinais possam ter efeitos secundários, consideram que a sua ação não interfere com a ação terapêutica de medicamentos.
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