| Resumo: | A pandemia de COVID-19 que afetou Portugal entre 2020 e 2021 teve um profundo impacto no setor cultural, perturbando profundamente o funcionamento de inúmeros equipamentos culturais que se dedicam às artes performativas. A presente dissertação propõe analisar a reação de um teatro municipal lisboeta em específico a esta situação, o LU.CA – Teatro Luís de Camões, refletindo sobre o impacto da mesma na gestão de um teatro com uma programação direcionada exclusivamente para crianças e adolescentes. A metodologia qualitativa utilizada ao longo deste estudo seguiu várias fases. Procede-se à revisão da literatura dos dois conceitos enunciados: gestão e COVID-19, seguindo-se o enquadramento do estudo de caso, complementado com entrevistas à responsável pela gestão do LU.CA, à diretora artística do teatro, aos vários diretores de departamentos do teatro e com odepoimento da autora, que regista a sua experiência enquanto diretora de produção desteequipamento. Esta investigação procura compreender se há necessidade de implementar uma estratégia de gestão de risco que acautele futuras situações extraordinárias que comprometem a atividade do teatro, avaliar as consequências do cancelamento, do reagendamento e da adaptação da programação do LU.CA para plataformas digitais e para o espaço físico (teatro) após as suas reaberturas e refletir sobre os contributos que situações de crise podem trazer para a futura gestão de risco. Conclui-se que é necessária a criação de uma estratégia de gestão de risco a nível organizacional e programático, tendo sido sugerida a participação das direções de cada departamento do teatro na sua elaboração.
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