(Re)conhecimento do espanhol: representações de alunos

Por se revelarem uma componente essencial do capital humano e social de uma comunidade, as línguas podem ser analisadas de uma perspetiva económica. Estima-se que 15% do produto interno bruto dos Estados está associado ao idioma, portanto, o peso e potencial de uma língua relacionam-se com os índice...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Santos, Maria José Sequera da Silva (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2015
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10773/14394
Country:Portugal
Oai:oai:ria.ua.pt:10773/14394
Description
Summary:Por se revelarem uma componente essencial do capital humano e social de uma comunidade, as línguas podem ser analisadas de uma perspetiva económica. Estima-se que 15% do produto interno bruto dos Estados está associado ao idioma, portanto, o peso e potencial de uma língua relacionam-se com os índices macroeconómicos dos países onde é língua oficial. As representações relativas ao potencial e prestígio de uma língua, bem como ao seu valor no mercado económico, político e linguístico, influenciam as escolhas das línguas a estudar e a postura dos alunos ante a sua aprendizagem. Estas podem, assim, constituir um elemento impulsionador ou, contrariamente, um obstáculo. Por esta razão, o professor deve tê-las em consideração. No presente trabalho, apresentamos os resultados de uma investigação centrada nas representações que alunos do 10.º ano de escolaridade, a frequentar a disciplina de espanhol, nível de iniciação, têm sobre esta língua e a sua projeção a nível mundial. Após a construção do referencial teórico, procedeu-se a um estudo de caso com caraterísticas de investigação-ação, que foi desenvolvido num agrupamento de escolas do perímetro urbano de Aveiro, no ano letivo 2013/2014. Neste processo, recorremos a diferentes instrumentos de recolha de dados, tais como o inquérito por questionário e as fichas de trabalho, para identificar e descrever as representações dos estudantes. Os resultados obtidos permitiram-nos concluir que os inquiridos caraterizam o espanhol com base em critérios afetivos e socioeconómicos. Quanto à aprendizagem deste idioma, os alunos justificaram a sua escolha, essencialmente, com as oportunidades que poderão advir do seu domínio e, também, com o facto de o considerarem fácil de compreender e aprender, pelas suas semelhanças com a língua portuguesa. Este último fator apareceu, ainda, frequentemente associado ao enriquecimento curricular e sucesso escolar. Para os nossos inquiridos, tal como acontece com outros sujeitos, o conhecimento e domínio das línguas estrangeiras prende-se, não raras vezes, com as possibilidades de ascensão social e económica que estas oferecem.