A recepção da Economia Matemática em Portugal: de Serafim de Azevedo a Bento Caraça

A economia matemática tem uma tradição relativamente recente em Portugal. No decurso do século XIX existiam já na Europa, e particularmente em França, alguns desenvolvimentos nesta área. Pelo pioneirismo e pela relevância de alguns conceitos introduzidos são particularmente representativos desta cor...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Bastien, Carlos (author)
Formato: article
Idioma:por
Publicado em: 2011
Assuntos:
Texto completo:https://revistas.rcaap.pt/boletimspm/article/view/723
País:Portugal
Oai:oai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/723
Descrição
Resumo:A economia matemática tem uma tradição relativamente recente em Portugal. No decurso do século XIX existiam já na Europa, e particularmente em França, alguns desenvolvimentos nesta área. Pelo pioneirismo e pela relevância de alguns conceitos introduzidos são particularmente representativos desta corrente o matemático Antoine Cournot e sobretudo o engenheiro Jules Dupuit. O primeiro analisando a determinação dos preços a partir da procura e da oferta consideradas função do preço e o segundo, um engenheiro da École des Ponts et Chaussés, utilizando funções de procura para determinar o excedente do consumidor. Esta linha de análise microeconómica, largamente minoritária, teve alguma repercussão em Portugal, nomeadamente num estudo de Severim de Azevedo (1847–1884). Não que este engenheiro-economista tenha apresentado de forma explícita resultados teóricos mas porque baseou o cálculo das tarifas ferroviárias em perspectivas tributárias dos trabalhos daqueles engenheiros franceses ([1], [3]).