Summary: | Os edifícios de natureza industrial, por conta das características do processo fabril de bens de consumo e de transformação de matéria prima, possuem distintas características construtivas. A ocorrência de um incêndio nestes edifícios pode provocar a perda do patrimônio, de equipamentos, de bens manufaturados e de vidas humanas que ali trabalham, além de outras questões indiretas (p.ex. questões de ordem ambiental). Associemos ao exposto a possibilidade de eventos de incêndios externos a este tipo de edificação, que é o caso de incêndios que ocorrem na interface industrial florestal, e teremos um cenário potencial capaz de promover perdas e consequências severas ao desenvolvimento de uma região e até de um país, interrompendo atividades produtivas, aumentando o desemprego e prejuízos econômicos relevantes. Em Portugal, foram afetadas pelo grande incêndio ocorrido em 2017 na região do Pedrógão Grande um total de 15 indústrias, sendo 5 severamente danificadas e 8 totalmente destruídas. Diante desta situação potencial, é fundamental conhecer, por meio de metodologias reconhecidas na avaliação do risco de incêndio, quais os riscos envolvidos e das necessidades de atendimento para mitigação e/ou controle destes riscos. Na área de segurança ao incêndio existem metodologias que podem ser adotadas para a avaliação do risco de incêndio nas edificações industriais, como os métodos de Gretener e de FRAME (Fire Risk Assessment Method for Engineering). Identifica-se que o método hieráquico pode ser aplicado na avaliação do risco de incêndio em edifícios industriais, por meio de estudos já conhecidos. O objetivo deste artigo é de identificar os potenciais riscos relacionados com o problema do incêndio na zona de interface industrial florestal, levantar os aspetos que sejam relevantes e que possam ser ponderados na avaliação do risco de incêndio por meio de metodologias existentes utilizadas para avaliar o risco de incêndio em edifícios industriais.
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