A integração curricular e o scratch no 1.º ciclo do ensino básico

Durante décadas, o professor assumiu a função de “transmissor de conhecimentos”, ou seja, de especialista que “debita” o seu conhecimento na “mente” dos alunos. O papel do professor mudou e, hoje, deve assumir-se com um facilitador das aprendizagens, um agente educativo que deve envolver ativamente...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Nunes, Ana Rita da Rocha Fernandes (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2022
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10400.19/7026
País:Portugal
Oai:oai:repositorio.ipv.pt:10400.19/7026
Descrição
Resumo:Durante décadas, o professor assumiu a função de “transmissor de conhecimentos”, ou seja, de especialista que “debita” o seu conhecimento na “mente” dos alunos. O papel do professor mudou e, hoje, deve assumir-se com um facilitador das aprendizagens, um agente educativo que deve envolver ativamente os alunos na sua própria educação e aprendizagem. Os alunos devem assim ter um papel ativo nas aprendizagens curriculares e, para tal, assevera-se, em contexto de 1.º Ciclo do Ensino Básico (CEB), a importância da integração curricular e do uso das novas tecnologias. Atualmente almeja-se uma educação interativa, fomentando novas competências nos alunos, como a criatividade e a capacidade de criar soluções inovadoras. Tendo em consideração o referido, torna-se importante integrar curricularmente diferentes áreas disciplinares recorrendo ao uso das tecnologias, nomeadamente, a ferramentas de programação. Com a presente investigação pretendemos refletir sobre as perspetivas dos alunos de uma turma do 4.º ano de escolaridade, em relação ao modo como a computação criativa pode potenciar a integração curricular em contexto de ensino do 1.º CEB. O tema da mesma decorreu de uma reflexão sobre as práticas docentes no que reporta à integração curricular, durante as observações efetuadas em contexto de Prática de Ensino Supervisionada e da constatação da quase ausência de investigação no âmbito da computação criativa associada à promoção da integração curricular. Em termos empíricos realizámos uma investigação de cariz qualitativo com características de “investigação-ação”, com recurso ao inquérito por questionário e à observação participante. Os dados obtidos permitiram-nos concluir que os alunos têm uma opinião favorável relativamente à aprendizagem das várias áreas disciplinares utilizando os computadores. Foi-nos dado verificar que o envolvimento dos futuros professores em experiências didáticas de integração da tecnologia e na reflexão sobre essas mesmas experiências, para fomentar abordagens inovadoras é da máxima importância. Os dados relevam que o ensino em contexto de 1.º CEB deve potenciar o uso da computação criativa como fator promotor da integração curricular; assim como, que experiências de integração curricular recorrendo à programação podem constituir uma forma inovadora e significativa para a aprendizagem dos alunos.