Resumo: | Historicamente, os recursos naturais mais preciosos deram aos Estados possidentes, vantagens políticas, influência e prestígio, que os distinguiram entre as Nações. Angola é um caso paradigmático. Desde os anos 90, a indústria petrolífera angolana entrou numa fase de expansão, aplicando tecnologias de ponta para produção em águas profundas. Aos avanços tecnológicos, juntaram-se condições sociais e políticas favoráveis, no seu conjunto, ao Estado angolano, que também passou a ser o segundo parceiro dos Estados Unidos na África Subsariana. A nova dinâmica da indústria petrolífera contribuiu para um aumento do fluxo de capitais, do investimento estrangeiro e da reabilitação e construção de infra-estruturas, suscitando a inclusão de Angola no grupo de países de maior crescimento, entre 2002 e 2008, a nível mundial. Com base em cenários geopolíticos, diferentes quadrantes argumentam que Angola é uma potência regional emergente. Esta tese defende, no entanto, que para Angola ser uma potência regional emergente os factores estratégicos devem ser sustentáveis. Os resultados que obtivemos evidenciam potencialidades e oportunidades, mas também vulnerabilidades e ameaças que contradizem os argumentos dos que defendem que Angola é uma potência regional emergente.
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