Resumo: | O presente estudo visa dois objetivos essenciais: verificar se os professores de Educação Visual e Tecnológica (EVT) avaliam com objetividade o nível criativo dos seus alunos e, ainda, observar quais as estratégias que estes colocam em prática, de forma a estimular a criatividade dos alunos. De referir, que este estudo foi implementado em 2012, quando existia a disciplina de EVT, que foi, posteriormente, desmembrada em duas outras, a Educação Visual e a Educação Tecnológica, na sequência da revisão da estrutura curricular que entrou em vigor no ano letivo 2012-13. De salientar que esta alteração acarretou também mudanças no regime de docência em par pedagógico, que vigorava aquando da recolha de dados. Para o efeito, recorremos a autores de referência e à legislação em vigor, a fim de perceber o que é a criatividade e o que é ser criativo. Efetuámos também recolha bibliográfica acerca de métodos de estímulo da criatividade, de forma a auxiliar esta prática em contexto educativo. Em termos empíricos, realizámos uma investigação quantitativa, de carácter descritivo e comparativo, com recurso ao inquérito por questionário e ao Teste de Pensamento Criativo de Torrance (TPCT). Relativamente ao primeiro, criámos duas versões, uma aplicada aos professores do 2.º Ciclo do Ensino Básico, a lecionarem no concelho de Viseu, e a outra administrada aos professores das duas turmas que realizaram o TPCT (uma do 5.º e outra do 6.º ano de escolaridade); esta versão distingue-se da anterior, por ter uma terceira parte em que se pede ao professor para seriar os seus alunos por níveis criativos. Os dados obtidos permitem concluir não há diferenças estatisticamente significativas entre a avaliação da criatividade dos alunos obtida pelo teste de Torrance e o nível criativo atribuído pelos professores e, também, que há concordância na avaliação do nível de criatividade dos alunos pelo par pedagógico. Podemos ainda verificar, relativamente ao estímulo da criatividade dos alunos, que os professores optam, mais frequentemente, por estímulos psicológicos e, menos frequentemente, por estratégias que envolvem a realização de trabalhos/investigação, de forma a desenvolverem a criatividade.
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