Criando uma desvantagem? A regulação contratual das práticas suberícolas em Espanha e Portugal (1852-1914)

Atualmente Portugal lidera, a nível mundial, todas as facetas do negócio corticeiro, desde o mercado florestal, passando pela transformação industrial, até à comercialização dos produtos de cortiça. A este cenário não é alheio o facto de ser em Portugal que o sobreiro encontra as melhores condições...

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Bibliographic Details
Main Author: Faísca, Carlos Manuel (author)
Format: article
Language:por
Published: 2015
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10316/87235
Country:Portugal
Oai:oai:estudogeral.sib.uc.pt:10316/87235
Description
Summary:Atualmente Portugal lidera, a nível mundial, todas as facetas do negócio corticeiro, desde o mercado florestal, passando pela transformação industrial, até à comercialização dos produtos de cortiça. A este cenário não é alheio o facto de ser em Portugal que o sobreiro encontra as melhores condições para o seu desenvolvimento. Porém, até aos anos 30 do século XX, este papel foi desempenhado por outros países, sobretudo Espanha, sendo que importa isolar os fatores que contribuíram para esta situação. Um deles poderá corresponder às más práticas silvícolas não só na extração da cortiça, mas também na falta de incentivos para uma correta expansão da área de sobreiro. São precisamente estes fatores que o presente artigo procura aferir através da análise de um milhar de contratos de arrendamento e/ou compra de cortiça, celebrados em duas das principais regiões produtoras de cortiça em Portugal – Alto Alentejo – e em Espanha – Extremadura e Andaluzia –, obtendo-se, desta forma, uma perspetiva comparada entre as duas realidades.