Doença de Hodgkin na Criança. Experiência de 10 Anos

Objectivos: Caracterizar os casos de Doença de Hodgkin (DH) seguidos no Serviço de Pediatria do Instituto Português de Oncologia de Francisco Gentil — Centro de Lisboa (IPOFG-L) e avaliar a eficácia e efeitos secundários do tratamento. Métodos: Análise retrospectiva dos processos clínicos dos doente...

ver descrição completa

Detalhes bibliográficos
Autor principal: Costa, Paula Lopes da (author)
Outros Autores: Lacerda, Ana Forjaz de (author), Vieira, Ester (author), Chagas, Mário (author), Ambrósio, António (author), Neto, Ana (author), Pereira, Filomena (author), Ribeiro, Maria José (author), Martins, António Gentil (author), Sousinha, Mário (author)
Formato: article
Idioma:por
Publicado em: 2014
Assuntos:
Texto completo:https://doi.org/10.25754/pjp.2000.5396
País:Portugal
Oai:oai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/5396
Descrição
Resumo:Objectivos: Caracterizar os casos de Doença de Hodgkin (DH) seguidos no Serviço de Pediatria do Instituto Português de Oncologia de Francisco Gentil — Centro de Lisboa (IPOFG-L) e avaliar a eficácia e efeitos secundários do tratamento. Métodos: Análise retrospectiva dos processos clínicos dos doentes admitidos com DH no IPOFG-L entre Janeiro de 1987 e Dezembro de 1996. Resultados: Foram estudados 53 doentes (40M/13F), com idades entre 2 e 14 anos (12% <5, 44% 5-10, 44% 10-14 anos). O intervalo de tempo entre as manifestações da doença e a entrada no Serviço foi inferior a 1 mês em 19% dos doentes, mas superior a 6 meses em 34%. As manifestações iniciais foram as adenomegálias isoladas em 66% das crianças, das quais 80% em localização cervical. Havia envolvimento do mediastino em 51% dos doentes. O subtipo histológico predominante foi a esclerose nodular (71%). Em relação ao estadiamento, a distribuição foi a seguinte: estadio I - 24%; estadio II - 42%; estadio III - 24%; estadio IV - 10%; 28% dos doentes apresentavam sintomas B. A terapêutica utilizada na maioria dos casos foram ciclos MOPP-ABVD, seguidos de radioterapia de baixa dose, com os seguintes resultados: 83% - remissãp completa; 5,5% - remissão parcial; 7,5% - não resposta. Verificou-se recidiva em 5,5% dos casos. Três doentes realizaram transplante de medula óssea. A taxa global de mortalidade foi de 9%; em 2 doentes por infecção e em três por progressão da doença. Conclusão: Patologia rara na idade pediátrica, sendo a apresentação mais frequente as adenomegálias cervicais e supraclaviculares, devendo estar presente corno um dos diagnósticos diferenciais mais importantes num quadro de adenomegálias. A radiografia de tórax e a citologia aspirativa são exames de primeira linha. O Serviço de Pediatria do IPOFG-L tem registado bons resultados com a modalidade terapêutica utilizada, com urna sobrevivência global de 88% aos cinco anos na amostra apresentada.