| Resumo: | O presente estudo pretende explorar a forma como as pessoas, nomeadamente, os jovens adultos percecionam determinados indicadores inatos do comportamento não verbal, que são preditores do comportamento agressivo. Esta investigação pretende assim alargar o conhecimento relativamente a esta temática, dado que hoje em dia a literatura e a evidência empírica produzida é ainda, parca e diminuta. Pretende-se também adquirir conhecimentos e evidências sobre a realidade destes conceitos na sociedade e dessa forma, possibilitar uma melhor compreensão dos mesmos, resultando numa melhor prevenção da criminalidade e dos comportamentos desviantes. Os dados obtidos foram recolhidos através da técnica do questionário. Foram analisados 40 questionários de uma amostra constituída por 40 participantes, sendo todos estudantes universitários, no qual 22 são do sexo feminino e 18 do sexo masculino. As idades compreendidas rondam os 19 e os 35 anos. Da análise realizada observou-se que os participantes obtiveram, de uma forma geral, resultados satisfatórios no que toca ao reconhecimento facial e corporal das emoções. Entendem os conceitos em análise, nomeadamente, a agressividade e a violência; sabem distinguir momentos neutros de situações agressivas como mais favoráveis a que se cometam atos violentos; previram cenários que iriam acontecer e conseguiram acertar nos seus palpites, com base na análise que fizeram dos perfis quer da face, quer das posturas corporais dos indivíduos. Não foram encontradas diferenças significativas entre homens e mulheres neste estudo, estando ambos em pé de igualdade na análise e perceção destes conceitos. Em suma, os estudantes universitários desta amostra demonstram capacidades de análise e perceção de indicadores de expressão facial e de linguagem que podem ser considerados preditores da agressividade, criminalidade e dos comportamentos desviantes da sociedade.
|
|---|