| Resumo: | Observa-se nos dias de hoje, com especial incidência nas novas gerações de arquitectos da “era da cultura da imagem” uma forte aposta nas imagens digitais sofisticadas sem que isso signifique um carácter intelectual e cultural mais sólido e consistente. Considera-se por isso pertinente reflectir sobre a importância de desenhar e lança-se a hipótese do seu entendimento enquanto instrumento privilegiado, carregado de intencionalidade, e por isso, como sendo a própria génese metodológica do pensar arquitectura. Neste sentido, procura-se a partir da progressiva aproximação à noção de desenho de arquitectura, aos seus valores e às diferentes categorias em que este se exprime, compreender a vinculação do desenho às diferentes fases que constituem uma metodologia de projecto em arquitectura, nomeadamente, desde a percepção e análise, à proposta conceptual e correspondente materialização formal, funcional e construtiva, e à sua descodificação em fase de ilustração. Torna-se assim fundamental dissecar um conjunto de exemplos que permitam aprender com esses desenhos e ilustrar a presente reflexão. O confronto desta investigação com a produção própria no âmbito das unidades curriculares de Projecto (I, II e III) permite, através da análise reflexiva, suscitar questões e respostas de carácter de síntese da aprendizagem dos instrumentos para o exercício de projectual, e funcionar como balanço crítico do percurso académico tanto pessoal como do ensino actual de Projecto de Arquitectura
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