Trabalho colaborativo e desenvolvimento profissional de professores de Matemática: Reflexões sobre duas experiências brasileiras

Esse artigo descreve e comenta duas experiências de desenvolvimento profissional envolvendo professores, futuros professores e pesquisadores. O primeiro grupo (Campinas), formado por quatro professoras de Matemática da rede pública de Campinas e duas professoras da universidade, trabalhou intensamen...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Ferreira, Ana Cristina (author)
Format: article
Language:por
Published: 2006
Subjects:
Online Access:https://doi.org/10.48489/quadrante.22803
Country:Portugal
Oai:oai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/22803
Description
Summary:Esse artigo descreve e comenta duas experiências de desenvolvimento profissional envolvendo professores, futuros professores e pesquisadores. O primeiro grupo (Campinas), formado por quatro professoras de Matemática da rede pública de Campinas e duas professoras da universidade, trabalhou intensamente ao longo de um ano. O segundo grupo, constituído por professores de Matemática da região de Ouro Preto, futuros professores de Matemática e professores da universidade, reúne-se há três anos em cursos semestrais cujos temas são definidos pelos participantes. Nesse caso, embora alguns participantes se mantenham desde o primeiro curso, existem mudanças a cada semestre e novos integrantes passam a compor o grupo. Os resultados evidenciam que em ambos os casos existe uma ampliação do conhecimento matemático e do conhecimento didático dos envolvidos, bem como maior disposição para a criação e implementação de atividades em sala de aula. Além disso, os dois grupos vieram a se constituir como espaços de troca e reflexão autênticos, ou seja, espaços nos quais os participantes se sentem à vontade para expressar suas dúvidas e dificuldades, pedir ajuda e compartilhar idéias. Contudo, existem diferenças entre eles. O primeiro grupo alcançou um nível mais profundo de reflexão e repercussão em sua prática pedagógica. Já no segundo, talvez devido à rotatividade e a características próprias, tal processo se desenvolve de modo mais lento. Este grupo todavia, possui características que o tornam mais viável e operacional e pode ser aprimorado. Os resultados evidenciam a riqueza da troca de experiências entre os participantes e a transformação lenta, gradativa, mas significativa da prática docente.