Estudo da substituição óssea com cunhas e enxertos no fémur na ATJ

Nesta tese foi objetivo estudar os aspetos biomecânicos das diferentes técnicas de colmatação de perda óssea no fémur distal aquando da revisão da artroplastia total do joelho. Procurou-se avaliar como cada uma das diferentes técnicas altera a transferência de carga ao osso de suporte, aferindo assi...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Resende, Carlos Alberto Pinho (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2014
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10773/11669
Country:Portugal
Oai:oai:ria.ua.pt:10773/11669
Description
Summary:Nesta tese foi objetivo estudar os aspetos biomecânicos das diferentes técnicas de colmatação de perda óssea no fémur distal aquando da revisão da artroplastia total do joelho. Procurou-se avaliar como cada uma das diferentes técnicas altera a transferência de carga ao osso de suporte, aferindo assim potencias riscos de reabsorção óssea ou mesmo falha por fadiga do osso de suporte ou do material associado à técnica utilizada. Avaliou-se também o efeito da utilização da haste intramedular quando associada às diferentes técnicas. Para o efeito, numa primeira fase, realizou-se uma análise detalhada à articulação do joelho na vertente anatómica, biomecânica e artroplástica em especial no processo de revisão. Foi selecionada a prótese do joelho e respetivos aumentos protésicos do modelo comercial P.F.C. Sigma para a realização do estudo comparativo. Em complemento dos aumentos metálicos foram também avaliadas mais duas técnicas de colmatação óssea; uma com recurso ao cimento ósseo e outra com a utilização de um enxerto de osso. Para este processo desenvolveram-se modelos experimentais com recurso ao fémur em material compósito, onde os defeitos ósseos foram gerados de uma forma sequencial no côndilo medial e as diferentes técnicas de colmatação aplicadas através da realização de cirurgias "in-vitro". A fim de aferir as alterações de transferência de carga foram colocados extensómetros na região medial anexa ao defeito e lateral permitindo a avaliação das deformações principais no córtex sob ação de um severo caso de carga. Numa fase posterior desenvolveram-se modelos numéricos de elementos finitos que replicaram os modelos experimentais. Estes modelos numéricos permitiram a avaliação de parâmetros biomecânicos não passíveis de avaliação com recurso aos modelos experimentais anteriores, tais como as deformações no osso esponjoso de suporte e os níveis de tensão no cimento ósseo. Estes mesmos modelos foram comparados com os resultados obtidos nos modelos experimentais, evidenciando-se uma boa correlação entre estes. Os resultados obtidos nos modelos experimentais e numéricos demonstram alterações de transferência de carga para o osso de suporte entre os diferentes tipos de técnicas. As técnicas associadas ao aumento metálico distal de 4mm e cimento ósseo, para o defeito tipo F1, não alteram significativamente a transferência de carga para o osso suporte ao contrário das técnicas de aumento distal de 12mm e enxerto ósseo, para defeito tipo F2, estes apresentado riscos de reabsorção óssea e sobrecarga localizada respetivamente. O uso de haste femoral parece apenas ser útil associada à técnica com enxerto ósseo, sendo o seu efeito menos positivo quando associada as restantes técnicas.