Modernidade e minorias religiosas. Os arquivos da Igreja Lusitana (séculos XIX-XX)

A emergência em Portugal de correntes religiosas de matriz anglicana ao longo do século XIX corporizou-se, a partir de 1880, na Igreja Lusitana Católica Apostólica Evangélica, uma confissão religiosa formada do encontro de um conjunto de clérigos católicos insatisfeitos com o rumo doutrinal e a prax...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Afonso, José António (author)
Outros Autores: Silva, António Manuel S. P. (author)
Formato: article
Idioma:por
Publicado em: 2019
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/1822/61913
País:Portugal
Oai:oai:repositorium.sdum.uminho.pt:1822/61913
Descrição
Resumo:A emergência em Portugal de correntes religiosas de matriz anglicana ao longo do século XIX corporizou-se, a partir de 1880, na Igreja Lusitana Católica Apostólica Evangélica, uma confissão religiosa formada do encontro de um conjunto de clérigos católicos insatisfeitos com o rumo doutrinal e a praxis litúrgica, pastoral e social da Igreja Católica Romana com movimentos protestantes e evangélicos que entretanto germinavam em vários pontos do País. Escorada nesta identidade de transição, a Igreja Lusitana pautou a sua atuação por forte investimento na educação popular e na criação de dispositivos promotores do ensino, do estímulo ao livre pensamento e da socialização assente nos princípios cristãos mas também de uma cidadania consciente e interventiva. Neste texto pretendemos, por um lado, apresentar, em termos genéricos, os fundos arquivísticos da Igreja Lusitana conservados, a par de uma importante hemeroteca e biblioteca históricas, e, por outro lado, apresentar o processo de criação do Arquivo Histórico desta igreja, evidenciando os constrangimentos e os resultados conseguidos até ao presente, salientando, deste modo, a sua crescente importância e valorização para o estudo e compreensão do papel das minorias religiosas na construção da modernidade.