Summary: | A transição para uma Economia Circular (EC) tornou-se uma tendência incontornável, na medida em que as limitações e as exigências impostas pela Natureza ditam a alteração urgente do modus operandi atual, que se tem demonstrado predominantemente linear e sobre o qual os modelos de negócio adotados pelas empresas desempenham um papel preponderante. Tendo em consideração a escassez da abordagem do tema ao nível empresarial português, esta investigação terá como principal objetivo responder à seguinte questão: as ações implementadas pelas empresas portuguesas, no sentido de uma EC, estão alinhadas com aquilo que se acredita serem as melhores práticas? Neste sentido, foram analisados diversos documentos e informação pública de 20 empresas portuguesas, de setores e dimensões distintos, seguindo-se a comparação das ações implementadas por estas com aquelas que a ferramenta ReSOLVE considera como fundamentais para uma transição bem-sucedida para uma EC. Os principais resultados da análise realizada demonstram a forte adesão a práticas relacionadas com as ações-chave “ciclagem” e “regeneração”, sendo que a “partilha”, a “virtualização” e a “substituição” são as que apresentam uma maior margem de evolução. Adicionalmente, e salvaguardando-se as limitações da amostra utilizada na investigação, surge a perceção de que o enraizamento da circularidade varia negativamente com a dimensão da empresa e de que a sensibilização da comunidade envolvente para esta temática é uma variável implícita na concretização das ações-chave da ferramenta ReSOLVE.
|