Hipersensibilidade a fármacos - Os suspeitos do costume e os inusitados

De forma a entender as reações de hipersensibilidade a fármacos ao longo dos anos, entre as diferentes classes farmacológicas, nos diferentes grupos etários e em diversas populações, foi feita pesquisa e análise de estudos epidemiológicos publicados sobre reações adversas e de hipersensibilidade a f...

ver descrição completa

Detalhes bibliográficos
Autor principal: Geraldes,Luísa (author)
Outros Autores: Alendouro,Paula (author)
Formato: other
Idioma:por
Publicado em: 2016
Assuntos:
Texto completo:http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-97212016000200003
País:Portugal
Oai:oai:scielo:S0871-97212016000200003
Descrição
Resumo:De forma a entender as reações de hipersensibilidade a fármacos ao longo dos anos, entre as diferentes classes farmacológicas, nos diferentes grupos etários e em diversas populações, foi feita pesquisa e análise de estudos epidemiológicos publicados sobre reações adversas e de hipersensibilidade a fármacos desde 1964 até aos dias de hoje. A maior parte da informação obtida nesses estudos foi recolhida de registos médicos informatizados, registos enviados para o sistema de farmacovigilância e questionários de reporte pelos próprios doentes ou pelos seus cuidadores. Nos estudos realizados em Portugal há também análise de dados de registos de notificação de anafilaxia da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica ou do Catálogo Português de Alergia e Reações Adversas. Da revisão efetuada conclui-se que a hipersensibilidade aos antibióticos beta-lactamicos e anti-inflamatorios não esteróides derivados do ácido acetilsalicílico e propiónicos tem uma prevalência elevada quer ao longo do tempo, quer nos diversos grupos etários. Com menor frequência encontram-se as reações de hipersensibilidade a produtos usados durante o ato anestésico, produtos de contraste iodado, antiepiléticos, suplementos vitamínicos, substitutos hormonais e vacinas. As reações com mecanismo imunológico subjacente envolvendo anticorpos antimonoclonais e quimioterápicos são cada vez mais descritas; com menor frequência surgem também relatos de hipersensibilidade a antibióticos não beta-lactamicos, corticosteroides, inibidores da bomba de protões e produtos de contraste derivados do gadolíneo