Resumo: | O artigo que aqui se apresenta resulta de uma investigação realizada para o doutoramento em Antropologia, sobre a saúde física e mental dos refugiados em Portugal, tendo igualmente em conta o cenário político que envolve esta temática. Esta investigação decorreu de Janeiro de 2007 a Dezembro de 2010, e seguiu as seguintes metodologias: observação participante, entrevistas em profundidade, recolha de histórias de vida. Pretende-se aqui salientar que a ausência em Portugal daquilo que se convencionou denominar no campo das ciências sociais de “competência cultural na saúde” tem consequências nefastas para uma categoria muito específi ca de imigrantes: os refugiados. Os efeitos dessa ausência podem contribuir para aprofundar ainda mais o sofrimento e eventuais traumas, afastando-os assim de uma integração satisfatória na sociedade portuguesa que lhes prometeu proteção.
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