Necessidades informacionais de mulheres jovens sobreviventes de cancro da mama ou ginecológico

A doença oncológica é uma doença crónica com impacto em diversas áreas da vida do indivíduo. O seu aparecimento em idade jovem acarreta desafios adicionais que exigem a satistação de necessidades de informação específicas. Este estudo objetivou (i) desenvolver e estudar as propriedades psicométricas...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Silva, Vera Lúcia Gomes (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2019
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10773/26826
País:Portugal
Oai:oai:ria.ua.pt:10773/26826
Descrição
Resumo:A doença oncológica é uma doença crónica com impacto em diversas áreas da vida do indivíduo. O seu aparecimento em idade jovem acarreta desafios adicionais que exigem a satistação de necessidades de informação específicas. Este estudo objetivou (i) desenvolver e estudar as propriedades psicométricas de um instrumento para avaliação das necessidades informacionais insatisfeitas de doentes oncológicas jovens; (ii) examinar a relação entre a satisfação das necessidades informacionais e a ansiedade, depressão e qualidade de vida de jovens sobreviventes de cancro da mama e ginecológico e; (iii) caraterizar a avaliação da informação recebida e as preferências das doentes na receção das informações. Este estudo incluiu 39 mulheres diagnosticadas com cancro da mama ou ginecológico entre os 18 e os 40 anos de idade. Foram administradas a Escala de Satisfação com as Informações prestadas a Doentes Oncológicas Jovens (ESIDOJ), desenvolvida para o efeito, a Escala de Ansiedade e Depressão Hospitalar (EADH) e o European Organization for Research and Treatment of Cancer Quality of Life Questionnaire Core30 (QLQ-C30). A escala desenvolvida apresentou boas propriedades psicométicas. Da análise fatorial exploratória, resultou apenas um fator, indicativo de um índice global da satisfação com as informações prestadas. No entanto, não foram encontradas associações significativas entre a satisfação com as informações prestadas e os aspetos psicossociais avaliados. Verificou-se ainda que as sobreviventes preferiam que as informações fossem transmitidas face-a-face pelos prestadores de cuidados de saúde, na consulta, no momento do diagnóstico ou faseadas ao longo do processo de tratamentos. Apesar das limitações existentes, faz-se um balanço positivo do estudo, não só pelo contributo para o avançar do conhecimento na área, como também pelos resultados satisfatórios obtidos relativamente à nova escala desenvolvida. É essencial a existência de investigações deste tipo pois é uma área que merece a atenção da ciência no sentido de contribuir para uma contínua melhoria da prestação de cuidados de saúde.