Summary: | O presente estudo teve como objetivo identificar os riscos psicossociais a que os profissionais de apoio à vítima estão expostos e compreender as estratégias de coping que os profissionais põem em prática para lidar com o stress do seu trabalho. Para tal, adotou-se uma metodologia qualitativa de forma a explorar as perceções dos profissionais face ao seu trabalho. Os dados foram recolhidos através da condução de entrevistas semiestruturadas com o apoio de um guião construído a priori. A amostra consiste num total de 10 participantes com diferentes formações académicas, pertencentes a seis Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) portuguesas. Os resultados apontam para que estes profissionais estejam expostos a riscos psicossociais relacionados com a precariedade dos seus contratos de trabalho e da retribuição, a elevada exigência emocional das suas funções, as tarefas imprevisíveis, o conflito trabalho-vida pessoal e a carga de trabalho elevada. Por outro lado, para lidarem com as situações de stress no seu trabalho, os profissionais adotam estratégias que permitem o distanciamento cognitivo da situação adversa e procuram o suporte social dentro e fora da organização. Apresentam-se algumas implicações práticas dos resultados obtidos, bem como as limitações do presente estudo e sugestões para investigações futuras.
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