Capital humano e desigualdade: uma análise do caso europeu

O investimento em capital humano e a importância que este pode ter no processo empresarial, bem como as desigualdades que pode gerar têm sido objeto de discussão entre autores. O capital humano corresponde a um investimento feito por cada pessoa, sendo um conjunto de capacidades adquiridas pelos ind...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Vilas, Lara Barata (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2021
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10071/21799
Country:Portugal
Oai:oai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/21799
Description
Summary:O investimento em capital humano e a importância que este pode ter no processo empresarial, bem como as desigualdades que pode gerar têm sido objeto de discussão entre autores. O capital humano corresponde a um investimento feito por cada pessoa, sendo um conjunto de capacidades adquiridas pelos indivíduos a nível de educação, de respetivos programas de formações e experiência profissional, que dão origem a uma maior eficiência por estes determinados indivíduos no seu trabalho. O investimento na educação de um trabalhador potencia uma maior produtividade, de acordo com o seu nível superior de conhecimentos e habilidades, gerando maiores lucros e retornos. Existem assim fortes evidências de que este fator assume importância no nível de rendimento dos indivíduos. Levantam-se então diversas questões sobre que relação se pode gerar entre o investimento em capital humano e a diminuição das desigualdades existentes a nível de rendimento. A presente dissertação estuda em que medida o capital humano pode contribuir para o nível de desigualdades ao longo do tempo entre os países da OCDE, com o intuito de verificar o comportamento destes países a nível de educação, de modo a perceber que resultado gera este indicador a nível de distribuição salarial entre indivíduos. Para o efeito estimou-se um modelo econométrico que tem como base a escolha de dados de painel para o estudo e análise da relação entre o investimento em capital humano e as desigualdades para este grupo de 33 países selecionados no período compreendido entre 2000 e 2014. Os resultados indicam que esta relação é negativa, ou seja, um aumento do capital humano tende a reduzir o nível de desigualdade entre a distribuição de rendimentos dos indivíduos de um certo país.