Perfil cineantropométrico e funcional do jogador de futebol em diferentes escalões de formação e posições

O futebol é uma das modalidades desportivas mais populares em todo o mundo, tendo já originado uma grande quantidade de pesquisas sobre a modalidade. No entanto, a maioria dos estudos foram baseados na elite masculina, existindo pouca pesquisa que tenha envolvido jovens futebolistas. O objectivo fun...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Ribeiro, Tiago André Antunes (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2014
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10400.6/1808
País:Portugal
Oai:oai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/1808
Descrição
Resumo:O futebol é uma das modalidades desportivas mais populares em todo o mundo, tendo já originado uma grande quantidade de pesquisas sobre a modalidade. No entanto, a maioria dos estudos foram baseados na elite masculina, existindo pouca pesquisa que tenha envolvido jovens futebolistas. O objectivo fundamental desta pesquisa foi descrever o perfil cineantropométrico e funcional do jovem jogador de futebol, analisando as diferenças entre as posições, a idade e ainda as eventuais relações entre os diversos parâmetros avaliados. Foram estudados 54 jovens jogadores de futebol do género masculino, com idades compreendidas entre 13 (nascidos em 1996) e os 19 (nascidos em 1991) anos, divididos em três escalões de formação (juniores, juvenis e infantis). Em cada escalão, foi considerado para análise duas sub-divisões de posição: (1) jogadores defesas, que incluíram os guarda-redes e os defesas centrais e laterais e; (2) jogadores avançados, que incluíram os médios, os extremos e os avançados propriamente ditos. Os atletas foram submetidos a uma bateria de testes, contemplando dois domínios principais de avaliação: (i) o perfil cineantropometrico (peso, altura e composição corporal) e; ii) o perfil funcional no âmbito da força explosiva do trem inferior (salto com e sem contra movimento), da velocidade de corrida (em linha recta e com mudança de direcção) e da flexibilidade global (flexiteste adaptado). Os nossos resultados indicam que a globalidade dos parâmetros avaliados apresentam uma melhoria de desempenho ao longo dos três escalões avaliados, contudo, as diferenças significativas com a idade situam-se fundamentalmente entre o escalão de iniciados e juvenis. No que se refere às diferenças entre as posições, salientamos o facto dos jogadores juvenis da posição 2 revelarem maior capacidade aeróbia (teste de cooper, p=0.038) e menor flexibilidade total (flexíndice, p=0.047) do que os restantes. Nos juniores, também os jogadores da posição 2 foram significativamente mais rápidos na velocidade com mudança de direcção (p=0,08). Os resultados revelaram ainda importantes correlações entre os diferentes parâmetros avaliados em cada um dos escalões, das quais devemos destacar; nos iniciados, entre o desempenho no teste de cooper e a flexibilidade total (r=0.544;p<0.05); nos juvenis, entre a velocidade de 10 metros e o salto sem contra movimento (r=-0.477;p<0.05); nos juniores, entre a velocidade dos 40 metros e a flexibilidade global; e entre velocidade com mudança de direcção e o desempenho no teste cooper (r=-0.580;p<0.05). Estas descobertas podem fornecer dados normativos para jogadores de futebol do sexo masculino que competem em posições de jogo específicas. Duma perspectiva prática, os cientistas e preparadores físicos da área do desporto devem ter em conta as características antropométricas e de aptidão dos novos jogadores a fim de potenciar as posições que serão apropriadas nos programas de treino específico.