Saúde oral em idosos institucionalizados e não-institucionalizados : um estudo comparativo

Introdução: Ao longo das últimas décadas, tem-se assistido a um progressivo envelhecimento da população e com ele o aumento da importância da saúde oral. Alguns estudos que comparam a saúde oral entre os idosos institucionalizados e não-institucionalizados referem que esta se revela mais precária no...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Ribeiro, Adriana Sofia Fernandes (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2021
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10400.14/26160
País:Portugal
Oai:oai:repositorio.ucp.pt:10400.14/26160
Descrição
Resumo:Introdução: Ao longo das últimas décadas, tem-se assistido a um progressivo envelhecimento da população e com ele o aumento da importância da saúde oral. Alguns estudos que comparam a saúde oral entre os idosos institucionalizados e não-institucionalizados referem que esta se revela mais precária nos institucionalizados. Objetivo: Caraterização da saúde oral, parâmetros salivares e presença de diferentes espécies de Candida que colonizam lesões compatíveis com estomatite protética. Materiais e métodos: Estudo epidemiológico observacional analítico transversal com uma amostra constituída por 177 participantes, 75 institucionalizados e 102 não-institucionalizados. Recolha de dados realizada por questionário, observação clínica da cavidade oral, recolha de amostra de saliva estimulada e zaragatoa de lesões suspeitas de estomatite protética. Resultados: Os idosos institucionalizados apresentaram um maior valor médio de CPOD (p=<0,0001), uma maior média de dentes perdidos (p=<0,0001) bem como uma alta percentagem de edêntulos (p=0,001). Estes resultados são explicados sobretudo pela maior idade dos idosos institucionalizados (83,23±7,63) bem como pela maior prevalência de doenças cardiovasculares neste grupo. Em ambos os grupos (institucionalizados e não institucionalizados) os índices de saúde oral revelam piores indicadores que os dados para a população portuguesa, provavelmente associados à diminuição dos cuidados de higiene oral relativamente ao preconizado. Quanto aos parâmetros salivares, a taxa de fluxo salivar e o pH encontram-se dentro da norma nos dois grupos. De realçar a autoconsciência desajustada da saúde oral em ambos os grupos e a presença de Candida em 80% dos idosos nos quais se suspeitou de estomatite protética, sendo a C. tropicalis e a C. albicans as espécies mais prevalentes. Conclusão: É fundamental a elaboração de estratégias para a promoção da saúde oral junto da população idosa quer institucionalizada quer não-institucionalizada. Particularmente nos lares e instituições, os cuidadores primários necessitam de mais formação específica para corresponderem às necessidades de cuidados de saúde oral dos idosos.