Contaminação fúngica em unidades de restauração colectiva de duas empresas

Introdução A exposição a agentes biológicos nos locais de trabalho é frequentemente associada com efeitos adversos sobre a saúde, tais como a disseminação de infecções, efeitos agudos tóxicos, alergias e cancro. As unidades de restauração colectiva podem ser fonte de contaminação fúngica nas instala...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Viegas, Carla (author)
Other Authors: Ramos, Carla (author), Almeida, Marina (author), Sabino, Raquel (author), Veríssimo, Cristina (author), Rosado, Laura (author)
Format: article
Language:por
Published: 2020
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10400.21/11316
Country:Portugal
Oai:oai:repositorio.ipl.pt:10400.21/11316
Description
Summary:Introdução A exposição a agentes biológicos nos locais de trabalho é frequentemente associada com efeitos adversos sobre a saúde, tais como a disseminação de infecções, efeitos agudos tóxicos, alergias e cancro. As unidades de restauração colectiva podem ser fonte de contaminação fúngica nas instalações das empresas, pois os alimentos e os visitantes podem transportar grande diversidade de espécies fúngicas. Objectivo Descrever a contaminação fúngica em unidades de restauração colectivas de duas empresas. Metodologia Foi realizado estudo descritivo e para isso foram colhidas dez amostras de ar de 250 litros através do método de impacto e oito zaragatoas de superfícies, utilizando quadrado de metal de 10 cm de lado. As amostras de ar e as zaragatoas foram colhidas na despensa, cozinha, empratamento dos alimentos e refeitório. Foi também realizada colheita de ar no exterior por ter sido considerado como o local de referência. Simultaneamente, a temperatura e a humidade relativa do ar foram registadas. Resultados Foram identificados nove espécies de fungos filamentosos no ar, tendo sido o género Cladosporium o mais frequente (71,2%), seguido pelo Penicillium sp. (13,0%). Em relação às leveduras, apenas Candida famata foi identificada. Oito espécies de fungos filamentosos e três espécies de leveduras foram identificados nas superfícies analisadas, sendo os mais frequentes Penicillium sp. (97,2%) e Candida famata (42,9%), respectivamente. Não houve coincidência entre os géneros predominantes no interior e no exterior das instalações e as duas unidades apresentaram fungos diferentes dos isolados no exterior. Não se verificou relação significativa (p> 0,05) entre a contaminação fúngica e a temperatura e a humidade relativa. Conclusões Foi possível caracterizar a distribuição fúngica das 2 unidades e avaliar a associação com as variáveis ambientais. Também foi possível observar que as unidades de restauração colectiva podem ser fontes de disseminação de contaminação fúngica no interior das empresas, constituindo um problema ocupacional.