Comportamento das águas sulfúreas alcalinas das termas da Fadagosa de Nisa

As águas minerais em Portugal têm uma longa tradição, fazendo parte da cultura e herança do nosso país. Possuímos uma riqueza hidromineral de apreciável valor, não só em quantidade como em qualidade. A sua utilização no termalismo tem vindo a expandir-se, tornando a sua oferta mais abrangente, super...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Alfaia, Ana Lúcia Pereira (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2015
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10400.6/3922
País:Portugal
Oai:oai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/3922
Descrição
Resumo:As águas minerais em Portugal têm uma longa tradição, fazendo parte da cultura e herança do nosso país. Possuímos uma riqueza hidromineral de apreciável valor, não só em quantidade como em qualidade. A sua utilização no termalismo tem vindo a expandir-se, tornando a sua oferta mais abrangente, superando a reabilitação, cura ou prevenção de enfermidades e convertendo-se em centros de saúde e lazer. As aplicações terapêuticas das águas termais estão relacionadas com a sua composição química. Nas águas sulfúreas, o efeito terapêutico deve-se à presença das formas mais reduzidas do enxofre, maioritariamente HS-. Sabe-se que é aconselhável a realização dos tratamentos no local da nascente, de modo a assegurar a sua eficácia. Este trabalho incidiu sobre o estudo do comportamento das águas sulfúreas ao longo do tempo. Em particular, foi analisada a água da Fadagosa de Nisa. Para isso foram determinados vários parâmetros: pH, condutibilidade, potencial redox, teor em sulfureto e sulfato nas águas em situação de rolhadas e arejadas, mantidas à temperatura ambiente. Com excepção do pH e condutibilidade, verificaram-se desde logo alterações significativas no potencial redox, teor em sulfureto e sulfato. A variação destes parâmetros está concordante com uma diminuição do teor em sulfureto, atingindo uma concentração nula entre o segundo e o terceiro dia. Esta variação é mais acentuada no caso das águas arejadas, possivelmente relacionada a fenómenos de oxidação. Em conclusão, poder-se-á considerar que as águas mantêm, no essencial, as suas características durante dois ou três dias, prevendo-se que não hajam, neste período, grandes perdas nas propriedades terapêuticas.