Sintomatologia ansiosa e depressiva em famílias com filhos adolescentes: Qual o papel da diferenciação do self dos pais?

A literatura tem realçado o impacto da história familiar de psicopatologia no desenvolvimento de perturbações emocionais nas gerações mais novas e a associação entre o nível de diferenciação do self e diversos quadros clínicos (e.g., ansiosos e depressivos). Com recurso a um desenho quantitativo tra...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Rocha, Florbela (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2017
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10437/8294
País:Portugal
Oai:oai:recil.ensinolusofona.pt:10437/8294
Descrição
Resumo:A literatura tem realçado o impacto da história familiar de psicopatologia no desenvolvimento de perturbações emocionais nas gerações mais novas e a associação entre o nível de diferenciação do self e diversos quadros clínicos (e.g., ansiosos e depressivos). Com recurso a um desenho quantitativo transversal e a uma amostra de 104 tríades familiares (mãe, pai e filho/a adolescente), o presente estudo pretende analisar: a associação entre a sintomatologia depressiva e ansiosa de mães e pais e filhos/as adolescentes; e o papel mediador da diferenciação do self das mães e dos pais na relação entre a sintomatologia depressiva e ansiosa de mães e de pais e a sintomatologia depressiva e ansiosa dos/as filhos/as adolescentes. Os resultados mostram que: a sintomatologia depressiva e ansiosa do pai e da mãe são preditoras do nível de diferenciação do self do pai e da mãe; a relação entre a sintomatologia depressiva da mãe e dos/as filhos/as é mediada pela diferenciação do self da mãe; e a sintomatologia ansiosa da mãe é preditora da sintomatologia ansiosa dos/as filhos/as. Apesar de os resultados sugerirem que a mãe tenha também um papel central na transmissão de adversidade aos filhos, apontam para que a sintomatologia ansiosa e depressiva de pais e filhos se associem de formas diferentes. Este estudo tem implicações para a prática clínica e para a literatura na área da psicologia clínica e psicologia da família, ao relevar o impacto da sintomatologia da mãe e do seu nível de diferenciação do self no desenvolvimento de psicopatologia na adolescência.