Viver o assédio moral no local de trabalho

A violência no local de trabalho, designadamente, o assédio moral tem sido uma prática que tem acompanhado a evolução das sociedades, sendo tolerado por muitas culturas no passado. Nas sociedades atuais, fatores dominados pela competitividade e vínculos laborais, cada vez mais, precários têm potenci...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Pereira, Ana Catarina Freitas Valente Lavado (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2022
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10400.26/38601
Country:Portugal
Oai:oai:comum.rcaap.pt:10400.26/38601
Description
Summary:A violência no local de trabalho, designadamente, o assédio moral tem sido uma prática que tem acompanhado a evolução das sociedades, sendo tolerado por muitas culturas no passado. Nas sociedades atuais, fatores dominados pela competitividade e vínculos laborais, cada vez mais, precários têm potencializado a violência psicológica no ambiente de trabalho (Carvalho, 2017). O presente estudo tem como objetivo analisar o fenómeno do assédio moral no local de trabalho, na ótica das vítimas. A metodologia de investigação utilizada é, quanto à abordagem, de natureza qualitativa. Nesse sentido, foi escolhida como técnica de recolha de dados, entrevistas semiestruturadas. Os dados obtidos através das entrevistas foram submetidos à Análise de Conteúdo. A amostra é constituída por dez vítimas de assédio moral no local de trabalho, do sexo feminino, com idade compreendida entre os 22 e os 56 anos e com profissões destintas. Os resultados obtidos neste estudo revelam que, embora as entrevistadas tenham experienciado situações de assédio moral diferentes, com tipos de comportamentos hostis diversos, estes foram praticados, maioritariamente, por superiores hierárquicos. Verifica-se que a saúde, as relações pessoais e o desempenho profissional da vítima, independentemente da experiência vivida, foram afetados pelo fenómeno. Foi também verificado que as organizações onde as vítimas trabalham/trabalhavam não demonstram interesse pelo tema e promovem uma cultura organizacional que tolera a prática de comportamentos assediantes.