Estudo do tratamento dos efluentes no processo de tratamento de superfície e cataforese

A indústria automóvel contribui significativamente para a economia portuguesa. O Centro de Produção de Mangualde do Groupe PSA (Peugeot/Citroen) é dos mais antigos a funcionar em Portugal e um dos maiores exportadores nacionais. Alguns dos modelos das duas marcas são produzidos de raiz em Mangualde...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Ferreira, Sara Campos (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2019
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10773/29424
Country:Portugal
Oai:oai:ria.ua.pt:10773/29424
Description
Summary:A indústria automóvel contribui significativamente para a economia portuguesa. O Centro de Produção de Mangualde do Groupe PSA (Peugeot/Citroen) é dos mais antigos a funcionar em Portugal e um dos maiores exportadores nacionais. Alguns dos modelos das duas marcas são produzidos de raiz em Mangualde e, por isso, esta unidade industrial divide-se nos seguintes sectores de fabricação: ferragem, pintura, montagem, qualidade e logística. Muitos dos compostos químicos utilizados durante o fabrico de um automóvel, além de contribuírem para um produto final de maior qualidade, devem ter um impacto mínimo a nível ambiental. Por esta razão, sempre que se introduz um novo composto químico, deve ser determinado o seu impacto no produto final, mas também o impacto a nível ambiental. O presente trabalho foi realizado no sector da pintura do Centro de Produção de Mangualde e o seu objetivo foi testar a aplicação de um novo desengordurante (BM 5411) ao nível do seu desempenho no processo de tratamento de superfície e cataforese e ao nível do impacto ambiental. Os dados obtidos permitiram comparar o desengordurante 5411 com o produto em uso na empresa (desengordurante BM 5176). As diferenças entre os desengordurantes 5411 e 5176 verificam-se ao nível da composição da base mineral visto que a nova base mineral não possui ácido bórico já que a nova legislação não permitirá o uso deste composto futuramente. Numa primeira fase recolheram-se dados da Estação de Tratamentos de Águas e Resíduos Industriais (ETARI) da empresa durante a utilização do desengordurante BM 5411. Estes dados incluíram pH, CQO, caudal tratado e coagulante. Quando se comparou com o desengordurante BM 5176 verificou-se que não existiram diferenças significativas entre os períodos em que se utilizaram os dois desengordurantes. De seguida, determinou-se a taxa de ataque dos desengordurantes 5411 e 5176 durante o processo de tratamento da chapa galvânica e da chapa de alumínio. Neste caso, verificou-se que a nova base mineral do desengordurante 5411 é menos eficaz na limpeza da chapa. Finalmente estudou-se o efeito da utilização de uma nova base mineral no pH e na alcalinidade livre nas tinas de desengorduramento. Estes dois fatores permitem avaliar, diariamente, a possibilidade da utilização dos banhos ou da necessidade de descarte para a ETARI e substituição por uma nova mistura de desengorduramento. Verificou-se que o pH e de alcalinidade livre nos banhos com o desengordurante 5411 atingiram valores mais elevados no fim do seu tempo de ciclo. Isto significa que a utilização do desengordurante 5411, obriga a uma renovação de banhos ao fim de intervalos de tempo mais curtos o desengordurante 5176.