Summary: | A automatização dos métodos químicos, recorrendo às técnicas de fluxo, possibilita o desenvolvimento de metodologias analíticas, mais eficientes e seguras, minimizando a intervenção do operador e consequentes erros associados à manipulação das amostras. Inicialmente foi realizado um estudo quer no sistema FIA, quer no sistema SIA dos diversos parâmetros que influenciam o desenvolvimento de uma reação química, como por exemplo: os caudais, volumes de amostra, comprimento e configuração de reatores. Seguidamente, e cumprindo o objetivo principal deste trabalho, foi avaliada a atividade enzimática da enzima Acilase I, ensaio automatizado pela primeira vez. A enzima Acilase I catalisa a desacetilação da N-acetilmetionina (NAM), resultando a metionina. Este aminoácido é especificamente indispensável para o início da tradução. A enzima Acilase I encontra-se presente em numerosos tecidos humanos, tornando-se importante avaliar a sua atividade devido a esta desempenhar um papel nos processos de bioativação de xenobióticos, bem como nas funções fisiológicas. Experimentalmente, através da produção deste aminoácido e promovendo a sua ligação ao reagente fluorimétrico, a fluorescamina, o composto final foi medido por fluorimetria a um comprimento de onda de excitação e emissão de 393nm e 478nm, respetivamente. A avaliação da atividade da enzima foi efetuada através da medição da intensidade de fluorescência (IF) do composto final. A metodologia adotada foi o sistema "Análise por Injeção Sequencial (SIA)". Após otimização dos parâmetros físicos e químicos, o processo de avaliação de atividade enzimática da enzima em estudo apresenta um desvio padrão relativo de 4,8%, partindo da análise repetida (n=8) de uma solução de enzima de concentração 24,25U/L, confirmando-se a aplicabilidade deste sistema na avaliação da atividade da enzima em concentrações distintas. Relativamente ao limite de deteção e de quantificação da enzima estudada, pôde concluir-se que é possível detetar um sinal analítico diferente do sinal de branco para concentrações de enzima ≥ 1,76U/L, e que é possível quantificar uma concentração relativamente baixa da enzima, para concentrações ≥ 5,87 U/L.
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