O impacto da política monetária não convencional na yield curve, como indicador avançado da atividade económica, na zona Euro

O declive da "Yield Curve", ou o "term spread" - a diferença entre taxas de juro das obrigações de longo e curto prazo - é historicamente considerado um bom Indicador Avançado da atividade económica, e um sinalizador de recessões - nos Estados Unidos e na Europa, uma inversão da...

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Bibliographic Details
Main Author: Lourenço, Rafael Mota (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2021
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10071/21795
Country:Portugal
Oai:oai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/21795
Description
Summary:O declive da "Yield Curve", ou o "term spread" - a diferença entre taxas de juro das obrigações de longo e curto prazo - é historicamente considerado um bom Indicador Avançado da atividade económica, e um sinalizador de recessões - nos Estados Unidos e na Europa, uma inversão da "yield curve", é normalmente precedida de uma contração económica. No entanto, a literatura parece defender que a capacidade da previsão da "yield curve", depende do tipo de regime de política monetária em que está inserido. Na zona Euro, após a crise financeira de 2007-09, e a crise das dívidas soberanas 2010-12, percebeu-se que a diminuição das taxas de juros para mínimos históricos não era suficiente para estimular uma economia europeia com baixas taxas de crescimento, e em perigo de deflação. Em 2014, começaram a surgir as primeiras informações sobre o programa de "Quantitative Easing", implementado em março de 2015. Por forma a perceber se existe, neste período, algum impacto no "term spread" como Indicador Avançado, utilizei um modelo econométrico VAR, para estudar a relação entre o "term spread", e o crescimento económica da zona Euro, no período entre 2004Q3 e 2014Q2. Comparando os resultados, com o mesmo modelo aplicado ao período após a implementação do programa de "Quantitative Easing", por parte do BCE, podemos perceber que existiu alguma perda de significância nesta relação. Algumas razões apontadas são a diminuição "artificial" das "yields", e o abandono dos fundamentais na valorização dos ativos.