Lesões arteriais potencialmente mortais associadas a fraturas do acetábulo: A propósito de um caso clínico

O uso crescente da angio-TAC nos protocolos de avaliação dos doentes politraumatizados abdominopélvicos, veio mostrar que as lesões arteriais não são exclusivas das ruturas pélvicas, estendendo-se às fraturas acetabulares, e a sua incidência não é de menosprezar. Os autores descrevem o caso clínico...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Maio,Marta (author)
Outros Autores: Gomes,Magda (author), Barbosa,Bruno (author), F. Sousa,Pedro (author), Ramos,Rui (author), Cerca,Carlos (author), Figueiredo,António (author)
Formato: report
Idioma:por
Publicado em: 2017
Assuntos:
Texto completo:http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-21222017000200007
País:Portugal
Oai:oai:scielo:S1646-21222017000200007
Descrição
Resumo:O uso crescente da angio-TAC nos protocolos de avaliação dos doentes politraumatizados abdominopélvicos, veio mostrar que as lesões arteriais não são exclusivas das ruturas pélvicas, estendendo-se às fraturas acetabulares, e a sua incidência não é de menosprezar. Os autores descrevem o caso clínico de um doente de 53 anos, que sofreu traumatismo do membro inferior direito, com consequente fratura transversa do acetábulo, desviada e com invasão da grande chanfradura ciática. À entrada no serviço de urgência encontrava-se hemodinamicamente instável com necessidade de reposição de volume e foi transferido para uma unidade de cuidados intensivos. Foi programada uma intervenção cirurgia aos 15 dias após a fratura. Intra-operatoriamente ocorreu uma inesperada e grave hemorragia, durante o desbridamento do foco de fratura, na área da grande chanfradura ciática. Realizado tamponamento imediato, transferência para sala de hemodinâmica com realização de angiografia que mostrou lesão da artéria nadegueira superior, e foi feita a sua embolização. Nos doentes com fraturas acetabulares com instabilidade hemodinâmica, sem outra causa que a justifique, deverá levantar-se a suspeita de lesão arterial. Os pacientes devem realizar angio-TAC e no caso de se manter a suspeição da lesão arterial, encaminhados para centros de trauma, com apoio de angiografia para despiste da mesma e sua embolização, evitando desta forma complicações potencialmente fatais.