Resumo: | Este ensaio procura o entendimento das complexas questões do património arquitectónico e urbanístico, pelo reconhecimento desse processo cultural, da sua memória e identidade. Um legado deixado pelas gerações anteriores que é nossa responsabilidade entender, preservando, mas referindo significados e renovados sentidos para essa herança patrimonial. Pretende-se compreender o papel do património edificado enquanto referência para o Homem. A partir dos contributos de diversos autores, indaga-se a respeito da actual noção de património e dos modos adequados de intervir, com base nas normas e convenções internacionais, bem como nas legislações nacionais em vigor. São observadas duas intervenções de extrema relevância que seguem a ideia de continuidades urbanas, de dinâmicas urbanas renovadas, contribuindo para a reabilitação do património edificado e o espaço público que o envolve, a fim de reactivar o legado deixado, readaptando-o às necessidades actuais, sempre focadas na relação do Homem com o que o envolve e a sua História. A intervenção do arquitecto Álvaro Siza Vieira no Chiado e a intervenção do arquitecto Fernando Távora no centro histórico de Guimarães, constituindo exemplos de intervenções de uma arquitectura que se ensaia fora do tempo, e assim disponível para qualquer tempo da cidade presente.
|