| Resumo: | As células estaminais do tecido adiposo (do inglês adipose stem cell (ASC)) são células multipotentes que podem ser isoladas de diferentes locais e podem-se diferenciar em várias linhagens celulares, como adipogénica, osteogénica, condrogénica, entre outras. Estas células são capazes de atingir locais lesionados e exercer um papel importante a nível da regeneração tecidular e de modular a resposta imune pela secreção de moléculas intervenientes nos diferentes mecanismos fisiológicos. O processo de obtenção destas células passa pelo isolamento, cultura e expansão. A partir de uma amostra de gordura, podemos isolar estas células e posteriormente diferenciá-las em diferentes tipos celulares através da aplicação de protocolos de cultura in vitro. Uma vez isoladas, as ASCs podem ser utilizadas por via autóloga ou por via alogénica. Uma boa forma de retirar o máximo partido destas células é através da possibilidade de criopreservação e armazenamento das células estaminais, atendendo a que estas mantêm todo o seu potencial regenerativo, permitindo a sua utilização mesmo após longos períodos de congelamento. Estas células têm a capacidade de modular o sistema imunitário, no sentido de tornar o processo de inflamação mais curto e menos exacerbado, devido a todos os factores secretados pelas ASCs e ajudar a recuperação parcial ou total em determinadas doenças. Na presente dissertação apresenta-se a caracterização dos principais conceitos, as diferentes origens das células estaminais e suas características mais importantes. Destacam-se ainda as propriedades das células estaminais derivadas do tecido adiposo em diferentes espécies. Atendendo ao potencial terapêutico das células estaminais são ainda apresentados dois casos clínicos representativos de aplicações terapêuticas de células estaminais que podem constituir-se como uma evidência terapêutica positiva da aplicação clínica das células estaminais.
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