Summary: | Enquadramento – O ensino superior repercute nos estudantes conceções que levam a desrespeitar horários de dormir, num défice na qualidade do sono. Os transtornos de sono constituem um dos mais relevantes problemas de saúde nas sociedades ocidentais. Objetivos – Identificar os determinantes que influenciam a qualidade do sono em estudantes de enfermagem; identificar as variáveis sociodemográficas e académicas que interferem na qualidade do sono; analisar a influência de variáveis de contexto psicológico e analisar a relação da sonolência diurna com a qualidade do sono em estudantes de enfermagem. Material e Método – Estudo descritivo-correlacional e analítico, numa amostra não probabilística por conveniência de 403 estudantes de enfermagem. Utilizou-se o questionário de caracterização sociodemográfica e académica, a Escala de Sonolência de Epworth, a Escala de Afetos Positivos e Negativos, o Inventário de Personalidade de Eysenk, Escala de Ansiedade, Depressão e Stresse e o Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh. Resultados – A idade média dos estudantes é de 23.61 anos. Prevalecem as mulheres (86.0%), a frequentar o 4º ano (27.4%), que revelam pior qualidade do sono (63.2%) e mais sonolência diurna (24.3%). Os estudantes com ≤ 20 anos, do 1º ano, residentes em meio rural, que coabitam sozinhos, mais ansiosos, menos extrovertidos e mais neuróticos, revelam pior qualidade de sono. Conclusão: As perturbações do sono constituem um problema de saúde pública que requer intervenção e adoção de medidas educativas e de ações de promoção da saúde no estabelecimento de ensino, para que o próprio estudante atue na construção da sua qualidade de sono. Palavras-chave: Estudantes de enfermagem; Ansiedade; Stresse; Personalidade; Qualidade de Sono.
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