Procurando conciliar o papel parental com o de trabalhador

Introdução: Criar um filho é um desafio de grande responsabilidade e exige profundas transformações e adaptações na vida dos Pais, nomeadamente a conciliação de papéis. Este artigo descreve a categoria – Procurando conciliar o papel parental com o de trabalhador - constituída pelas subcategorias: “p...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Martins, Cristina Araújo (author)
Format: bookPart
Language:por
Published: 2012
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/1822/19970
Country:Portugal
Oai:oai:repositorium.sdum.uminho.pt:1822/19970
Description
Summary:Introdução: Criar um filho é um desafio de grande responsabilidade e exige profundas transformações e adaptações na vida dos Pais, nomeadamente a conciliação de papéis. Este artigo descreve a categoria – Procurando conciliar o papel parental com o de trabalhador - constituída pelas subcategorias: “preparando com antecedência o regresso ao trabalho”, “pensando em substitutos maternos para o bebé”, “reorganizando de novo rotinas e atividades a cumprir” e “dividindo-se entre ser pai e trabalhador”, referente a estratégias de ação que os Pais realizam frente ao fenómeno e o modo como as conduzem. Objetivos: Compreender como se desenvolve a transição para o exercício da parentalidade durante os primeiros seis meses de vida da criança. O conhecimento e a compreensão destas experiências parentais são fundamentais para os enfermeiros poderem apoiar os Pais nesta transição. Metodologia: Grounded Theory. Recolha de dados a partir de entrevistas semi-estruturadas e observação participante. Participação de cinco casais no estudo. Resultados e discussão: As mulheres tendem a usar um maior número de estratégias de conciliação do que os homens, especialmente relativas à redistribuição de tarefas em casa, e experienciam maior preocupação com o uso de estruturas de apoio familiar e profissional ao bebé, achados estreitamente relacionados aos papéis mais tradicionais de género que são assumidos após o nascimento dos filhos. Nos homens não se verificam muitas cedências na carreira profissional após serem pais, mas há a consciencialização da necessidade de apoio emocional à família e de cumprimento de múltiplos papéis. Conclusão: Os resultados permitem-nos equacionar a importância de medidas formais e informais de apoio à família implementadas pelos enfermeiros, que visem minimizar as experiências de tensão na conciliação de papéis, assim como de formação/sensibilização coletiva para a partilha dos papéis dentro e fora da família entre homens e mulheres, que contribuam para a diminuição da sobrecarga materna.