Summary: | O psicomotricista, no âmbito da sua atividade profissional diária numa instituição, que providencia apoios a adultos com Dificuldade Intelectual e Desenvolvimental, confronta-se com diversas metodologias e estratégias de intervenção no sentido de capacitar e optimizar as competências psicomotoras e funcionais dos clientes atendidos. Este desafio de diversificar e individualizar as intervenções de acordo com as características e aspirações do grupo-alvo, torna-se ainda mais desafiante perante adultos cujo elevado comprometimento quase impossibilita a “tradicional” intervenção terapêutica. A estimulação sensorial parece constituir uma das poucas formas de interação e intervenção com este subgrupo, bem como a intervenção psicomotora que tem vindo progressivamente a assumir-se como outro apoio a nível institucional. Neste sentido, sente-se necessidade de compreender o contributo que a intervenção psicomotora, recorrendo a atividades sensoriais, pode fornecer ao cliente com DID, com maiores necessidades de apoio, no âmbito do seu comportamento adaptativo em permanente interação com o seu envolvimento. Este artigo procura então caracterizar, do ponto de vista teórico, o comportamento adaptativo e a sua importância na vivência diária da pessoa com DID com necessidade de apoios significativa, a estimulação sensorial como intervenção e a sua relação com a intervenção psicomotora.
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