Resumo: | A competitividade das organizações é um fator determinante para a sua sustentabilidade a médio e longo prazo. Muito da sua performance depende dos seus Recursos Humanos, que têm um papel muito relevante na transformação de inputs em outputs de sucesso. A Retenção de Talentos é precisamente um dos enormes desafios que a Gestão de Recursos Humanos hoje enfrenta. O tema é muito delicado, não só porque nem todas as organizações estão dispostas a investir nele, mas, sobretudo, porque é um aspeto crítico que pode ter impacto significativo na inovação. Neste contexto, a retenção de Talentos torna-se fulcral para a competitividade da empresa, devendo ser estudado e refletido o tema na perspetiva dos benefícios que poderá trazer para o seio das organizações. Na presente Dissertação começamos por fazer uma revisão da literatura sobre vários conceitos relacionados com Talento e inovação, nomeadamente no que concerne ao Embeddedness, às saídas voluntárias, à atração, à retenção, ao desenvolvimento de Talentos e sistemas de gestão de Talentos (SGT). Abordamos, ainda, os temas da gestão do Capital Humano, da Cultura e Clima Organizacional, bem como dos desafios geracionais. Como metodologia recorremos a um questionário, com perguntas fechadas, a fim de estudar as variáveis de estudo e respetivas hipóteses. O questionário foi feito aos colaboradores de uma empresa multinacional instalada em Portugal, utilizando o SurveyMonkey. Tendo como objetivo principal “Perceber como as organizações poderão gerir de forma proativa os seus Talentos”, tentou-se ainda entender o que atrai os Talentos para as empresas, o que os retém, o que é valorizado e o que é que os poderá levar a sair da empresa. Conclui-se que o poder que as empresas sustentáveis têm para atrair e reter os seus Talentos vai depender dos mecanismos que forem capazes de criar no sentido de os manter e reter, atuar de forma proativa na sua atração e evitar a saída voluntária. Para isso é proposto um Sistema de Gestão Integrado de Recursos Humanos, sistema que está assente no perfil do Talento desejado, onde a melhoria contínua é uma realidade. As empresas devem atuar nas dimensões de Employer Brand, Recrutamento e Seleção. Devem estar atentas à conjuntura económica e social e desenvolver políticas de retenção, nomeadamente no que concerne a compensações e benefícios, estilo de Liderança, Gestão de Desempenho, Gestão de Carreiras, Formação e Desenvolvimento, Clima e Cultura Organizacional, Comunicação Organizacional e Condições de trabalho. No que concerne às Saídas voluntárias, as empresas têm de perceber os motivos pelos quais os colaboradores as abandonam, de forma a que consigam melhorar continuamente este sistema. É essencial ainda mencionar que as empresas devem aproveitar o contributo dos seus Talentos para garantir a Inovação da empresa (maior competitividade), para que desta forma consigam sobreviver ao mundo do mercado com constantes mudanças.
|