Identifying chemoresistance targets in putative lung cancer stem cells

A resistência tumoral é o maior problema relacionado com a eficácia do tratamento de cancro de pulmão, tipo de cancro com a maior taxa de mortalidade a nível mundial. Atualmente, acredita-se que uma subpopulação de células tumorais, as células estaminais cancerígenas (CECs) que possuem capacidade de...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Freitas, Daniela Sofia Pereira (author)
Format: masterThesis
Language:eng
Published: 2018
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10773/10997
Country:Portugal
Oai:oai:ria.ua.pt:10773/10997
Description
Summary:A resistência tumoral é o maior problema relacionado com a eficácia do tratamento de cancro de pulmão, tipo de cancro com a maior taxa de mortalidade a nível mundial. Atualmente, acredita-se que uma subpopulação de células tumorais, as células estaminais cancerígenas (CECs) que possuem capacidade de autorrenovação e capacidade de sustentar o crescimento tumoral, seja parcialmente responsável pela resistência tumoral face à terapia. De facto, CECs pulmonares isoladas de tumores de pacientes com cancro de pulmão revelaram-se particularmente químio-resistentes. Embora os mecanismos subjacentes à resistência não serem completamente compreendidos, a sobre-expressão de bombas de efluxo, de proteínas anti-apoptóticas e alta eficiência na reparação do ADN parecem fazer parte das propriedades das CECs responsáveis pela resistência aos agentes químio-terapêuticos. É pretendido, neste projeto, isolar e caracterizar populações de CECs pulmonares e, tendo em conta os seus mecanismos de resistência, identificar possíveis alvos terapêuticos de forma a sensibilizá-las aos fármacos atualmente utilizados clinicamente. Linhas celulares pulmonares cancerígenas (NCI-H460, A549) foram incubadas com os fármacos cisplatina ou doxorrubicina durante três semanas, seguindo-se um período de recuperação, para isolar uma possível população de CECs. Durante este período, a morfologia celular foi acompanhada e registada. Para medir o efeito de fármacos foram feitos ensaios de crescimento/viabilidade celular (ensaio à base de resazurina e ensaio de sulforodamina B) tanto nas células parentais como nas selecionadas. Realizou-se, ainda, qRT-PCR e Western blot para averiguar a existência de possíveis mecanismos de resistência nas células selecionadas. Utilizou-se citometria de fluxo e qRT-PCR para procurar marcadores de estaminalidade (como, ABCG2 e Sox2) e o ensaio de formação de colónias para verificar o enriquecimento de CECs após uma exposição prolongada aos fármacos. A exposição aos fármacos levou a uma alteração temporária da morfologia celular, onde as células apareceram com uma estrutura do tipo mesenquimal. A exposição à cisplatina conduziu a um aumento na capacidade das células NCI-H460 resistirem tanto ao agente de seleção como à gencitabina e à doxorrubicina, contudo o mesmo não se verificou em relação ao 5-FU. Após o tratamento com cisplatina, registou-se um aumento das proteínas anti-apoptóticas, Bcl-XL e XIAP, e da glicoproteína-P, em comparação com as células NCI-H460 parentais. Houve um ligeiro aumento na percentagem de células a expressar ABCG2 e, com menor intensidade, CD133. Relativamente à expressão génica do Bmi-1 e do Sox2, não foi registado nenhum aumento de expressão após o contacto com cisplatina. As células resistentes não demonstraram mais capacidade para formar colónias que as células parentais. Possivelmente, o aumento da resistência das células após o tratamento com cisplatina deve-se ao aumento de expressão das proteínas Bcl-XL, XIAP e glicoproteína-P. Como trabalho futuro ir-se-á silenciar estas proteínas através de iRNAs, numa tentativa de sensibilizar as células resistentes e validar, assim, estas moléculas como possíveis alvos terapêuticos para ultrapassar a resistência das células pulmonares cancerígenas à quimioterapia.