Summary: | Introdução: O aumento da resistência aos antimicrobianos atuais está a criar a necessidade para o desenvolvimento de novos agentes antimicrobianos, aos quais os micro-organismos não desenvolvam resistência facilmente. Nanopartículas parecem ser uma boa aposta nesta luta contra micro-organismos. De facto, tem-se verificado que diversos tipos de nanopartículas com base de metal, como prata, cobre e zinco, possuem atividade antimicrobiana. Apesar de a prata ter vindo a exibir maior atividade antimicrobiana, este elemento não faz parte da homeostase humana e apresenta algum potencial para citotoxicidade, sendo também mais caro que cobre e zinco. Estes, ainda que menos eficazes, são bons candidatos para a produção de baixo custo de nanopartículas com atividade antimicrobiana. Objectivo: Desenvolver estratégias de síntese de baixo custo para a produção de nanopartículas de cobre e de zinco com actividade antimicrobiana. Métodos: Síntese pelo aumento do pH de uma solução contendo cobre (II) ou zinco (II) e ligando(s), pela adição de uma base como hidróxido de sódio (NaOH). Modificações a este método foram feitas para a obtenção de diferentes fases minerais. As nanopartículas foram caracterizadas usando ICP-OES, DLS e XRD. A actividade antibacteriana foi determinada usando o método de micro-diluição em broth, usando placas de 96 poços. Resultados e discussão: Nanopartículas de cobre (oxo-hidróxidos, óxidos, fosfatos) foram sintetizadas usando diversos ligandos e diferentes condições de síntese. Estas nanopartículas eram instáveis quando diluídas em broth. Apesar de um aumento da atividade antimicrobiana ter sido obtida, é necessário um aperfeiçoamento para que estes materiais sejam viáveis como antimicrobianos. Nanopartículas de zinco obtidas usando cisteína como ligando não inibiram o crescimento bacteriano. Conclusão: Nanopartículas de diferentes composições e carga de superfície foram obtidas. Em alguns casos, houve um aumento da estabilidade e atividade antimicrobiana das nanopartículas de cobre em relação a trabalhos anteriores. As nanopartículas de zinco obtidas não inibiram o crescimento bacteriano.
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