Resumo: | A gestão do risco operacional revela-se, actualmente, como um desafio à capacidade das instituições financeiras, quer por imposições das entidades de supervisão que, através da publicação do novo acordo de Basileia, o integraram para efeitos de cálculo dos requisitos de fundos próprios, quer por iniciativa das próprias instituições que assumiram o desafio como uma oportunidade de maximizar a respectiva eficiência operacional e reduzir os custos da sua actividade e, assim, aumentar as suas vantagens competitivas. O presente trabalho procura demonstrar um método simples e prático, com base teórica fundamentada, no intuito de contribuir com definições e etapas para o desenvolvimento e implementação de um processo de gestão do risco operacional. O trabalho é apresentado em estudo de caso, tendo-se utilizado uma das principais instituições financeiras nacionais e focado no processo de concessão de crédito à habitação, dedicando-se particular atenção ao risco operacional envolvido. Realizou-se uma descrição do processo e a identificação dos possíveis eventos de perda relacionados com as actividades que o suportam, tendo os eventos sido associados aos respectivos riscos. Identificados e classificados os eventos de perda e os riscos envolvidos, identificaram-se e avaliaram-se os controlos implementados para a respectiva mitigação, os quais foram testados quanto à respectiva eficácia, de forma a permitir definir adequados planos de acção com vista a melhorar o sistema de controlo interno. Em base teórica, foram sugeridos controlos básicos que pudessem contribuir para a mitigação dos riscos sem controlo associado. Simultaneamente, efectuou-se uma análise qualitativa dos riscos relevados no processo, através da construção de matrizes que pretendem evidenciar e classificar o nível de severidade e a frequência associada aos respectivos eventos, no intuito de se identificar a estratégia mais consentânea face ao perfil de risco apurado.
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