Influência da Gestão da Rega e da Fertilização Azotada na Produção de Trigo mole (variedade ‘antequera’)

Na última década tem-se verificado uma diminuição da produção de trigo mole em Portugal. A sustentabilidade económica e ambiental desta cultura passa pelo uso racional da rega, da fertilização e dos tratamentos fitossanitários. Para isso é fundamental conhecer a eficiência do uso de todos os fatores...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Oliveira, Patrícia (author)
Outros Autores: Tomaz, Alexandra (author), Patanita, Manuel (author), Boteta, Luis (author), Dôres, José (author), Guerreiro, João (author), Ferro Palma, José (author)
Formato: other
Idioma:por
Publicado em: 2018
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/20.500.12207/4761
País:Portugal
Oai:oai:repositorio.ipbeja.pt:20.500.12207/4761
Descrição
Resumo:Na última década tem-se verificado uma diminuição da produção de trigo mole em Portugal. A sustentabilidade económica e ambiental desta cultura passa pelo uso racional da rega, da fertilização e dos tratamentos fitossanitários. Para isso é fundamental conhecer a eficiência do uso de todos os fatores de produção de forma a rentabilizar a atividade e diminuir as perdas. De entre os factores de produção, destacam-se a água e o azoto, já que eles permitem uma maior mobilização/absorção dos nutrientes no solo e a obtenção de elevadas produções de grão com elevada qualidade tecnológica. Neste contexto, pretende-se garantir o máximo potencial genético de produção e a elevada qualidade para moagem, através da optimização da gestão de rega e da fertilização azotada, melhorando a eficiência de uso destes fatores. Neste estudo foram avaliados os efeitos de duas estratégias de rega: R1 - rega com 100 % evapotranspiração cultural (ETc) e R2 - rega com 100 % ETc nas fases críticas de desenvolvimento da cultura, e de cinco estratégias de fraccionamento/época de aplicação de fertilizantes azotados clássicos (C) e de libertação gradual (EEF) na produção e qualidade do grão de trigo, variedade ‘Antequera’. Nos ensaios com fertilizantes EEF, apesar de se obter uma produção mais elevada na modalidade de rega R1 (4594 kg/ha), as produções nas duas estratégias de rega não se diferenciam estatisticamente. Nos ensaios com fertilizantes C, o rendimento na modalidade R1 foi superior (5614 kg/ha). Quanto à estratégia de fertilização azotada, observa-se, na utilização de EEF, que a produção de trigo é superior (4564 kg/ha) com um fraccionamento de azoto de 75 % na sementeira e 25 % no encanamento. Constata-se que uma maior disponibilidade de azoto na fase de emborrachamento permite a obtenção de maior teor de proteína no grão (17.38 %). As estratégias de aplicação de fertilizantes C, em regadio, não têm efeito estatisticamente significativo em qualquer dos parâmetros produtivos avaliados.