Problemas de internalização e de externalização em crianças e adolescentes e estrutura familiar

A psicopatologia do desenvolvimento, enquanto área de estudo da origem e evolução dos padrões individuais de inadaptação no funcionamento da criança e do adolescente, é uma área importante não só na compreensão do funcionamento dito psicopatológico, mas também, nas formas de se prevenir a psicopatol...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Carvalho, Alexandra Manuela Coelho (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2021
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10284/9602
País:Portugal
Oai:oai:bdigital.ufp.pt:10284/9602
Descrição
Resumo:A psicopatologia do desenvolvimento, enquanto área de estudo da origem e evolução dos padrões individuais de inadaptação no funcionamento da criança e do adolescente, é uma área importante não só na compreensão do funcionamento dito psicopatológico, mas também, nas formas de se prevenir a psicopatologia. Tendo em conta que o desenvolvimento humano é representado de forma ecológica, tem-se assistido ao desenvolvimento de estudos que procuram compreender sistemicamente o desenvolvimento da psicopatologia. De entre as variáveis associadas ao sistema familiar, são vários os estudos que dedicam a sua atenção à estrutura familiar. Tendo como objetivo estudar a relação estabelecida entre a psicopatologia e a estrutura familiar, realizámos um estudo observacional, de natureza descritiva, a partir de uma amostra de conveniência constituída por crianças e adolescentes que se encontravam a ter acompanhamento psicológico numa clínica pedagógica de psicologia de uma universidade do norte de Portugal. Participaram neste estudo 55 famílias, com filhos com idades compreendidas entre os 6 e os 17 anos de idade (M=10.9; DP=2.9), 31 famílias nucleares intactas (56.4%) e 24 famílias divorciadas ou separadas (43.6%). Quanto à psicopatologia (avaliada através dos dados obtidos a partir da CBCL 6-18), verificamos que 63.7% dos participantes apresenta psicopatologia (escala global), sendo que 63.6% apresenta problemas de internalização e 52.7% problemas de externalização. No que se refere ao estudo da associação entre a psicopatologia e a estrutura familiar, os resultados obtidos permitem-nos concluir que estas variáveis são variáveis independentes.