| Resumo: | O autor parte de uma reflexão crítica sobre a sua experiência profissional e procura utilizar os recursos disponibilizados pela supervisão pedagógica para alterar conceções nega-tivas sobre a disciplina e os professores de educação física. Constata uma certa incongruência entre esta conceção negativa e a história do ensino da educação física, que tem uma história muito longa, mesmo com objetivos diversos; e congrega informações históricas e antropoló-gicas sobre a importância do corpo e do seu papel numa educação integral. Desenvolve dimensões de supervisão que podem apoiar a alteração positiva de con-ceções, especialmente a clínica, a colaborativa e a ecológica, no sentido de diagnosticar e tra-tar falhas reveladas, no sentido de promover a interdisciplinaridade e a colaboração e no sen-tido de aproveitar as potencialidades pessoais e do meio. É um facto histórico o privilégio dado à formação académica na educação escolar; e é também certa a desvalorização da dimensão material no pensamento europeu, bem como o sentido negativo que a religião atribuiu ao corpo. Esse contexto pode explicar crenças atuais, que o autor pretende alterar com ações concretas de intervenção. Num projeto concreto de intervenção na escola/agrupamento, em torno do conceito-chave “comunidade educativa em movimento e lazer para uma formação integral”, o autor propõe ações concretas, realizadas com grupos heterogéneos de professores, alunos e encarre-gados de educação com vista a diminuir ou eliminar essa perceção negativa.
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