Summary: | Resumo da tese: Introdução: A lesão por queimadura representa provavelmente o maior estímulo para o catabolismo muscular proteico. Este estado é caracterizado por um catabolismo acelerado de massa magra ou massa esquelética que resulta clinicamente num balanço negativo de azoto e gasto muscular. A determinação de um valor adequado para a ingestão proteica é fundamental, uma vez que está positivamente relacionada com o balanço de azoto e vários autores defendem que a obtenção de um balanço azotado positivo é o principal parâmetro nutricional associado com uma melhoria do doente. Pelo facto de este balanço reflectir a adequação da ingestão proteica e energética, é de todo o interesse determinar por rotina o balanço de azoto, constituindo uma ferramenta importante para evitar ou minimizar o estado catabólico. Objectivos: Avaliação do grau de catabolismo proteico através do cálculo do Balanço Azotado; Definir o tipo de suporte nutricional (adequação proteica) a implementar no doente queimado com superfície corporal queimada (SCQ) 10%. Métodos: Foram consultados os processos clínicos e registadas as variáveis de interesse para o estudo: bio-demográficas; antropométricas; data de admissão; % SCQ; caracterização da lesão; patologias associadas; dados analíticos; terapêutica nutricional instituída e balanço hídrico das 24h correspondentes à recolha de urina das 24h, assim como informações relativas à tolerância alimentar individual do doente e trânsito intestinal. O Balanço Azotado foi estimado através de três fórmulas. Cada grama de azoto calculado pelo BA foi posteriormente convertido em gramas de proteína, subtraído ou somado à proteína ingerida (ou administrada por via entérica ou parentérica) e divididas por kg de Pref, na tentativa de se chegar a uma estimativa das necessidades proteicas diárias. (...)
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