| Resumo: | Grande parte dos estudos disponíveis sobre o Investimento Directo Estrangeiro (IDE) foca-se nas características dos países de destino de investimento. No entanto, existem alguns estudos que se debruçam sobre os determinantes de investimento dos países de origem. O presente estudo pretende analisar o IDE em Portugal entre 1997 e 2007 debruçando-se sobre as características dos países de origem. Factores de ordem económica, geográfica, política e cultural foram incluídos no estudo como hipóteses explicativas da decisão de Investimento. Os resultados indicam que países com relações comerciais com Portugal, maior Índice de desenvolvimento humano, PIB per capita, proximidade linguística, e que tenham menor distância geográfica em quilómetros, nível de industrialização (valor acrescentado da indústria), entre outros, tendem a investir em Portugal. Até meados da década de oitenta, Portugal não teve investimento estrangeiro significativo. A entrada do país para a CEE marcou definitivamente o ponto de viragem desta situação, assistindo a uma abertura gradual da economia, através da adopção de medidas de atracção de IDE e abandono de políticas proteccionistas. Esta mudança foi acompanhada pelo aumento considerável de investimento em Portugal. Desde 1986 até os dias de hoje, Portugal conheceu anos com fluxos de entradas líquidas de investimento elevadas, assim como anos em que o desinvestimento foi superior ao investimento. Passadas duas décadas, as medidas de atracção de IDE continuam a ser amplamente debatidas ao nível das políticas públicas. A identificação dos determinantes do IDE em Portugal facilita a identificação de potenciais investidores, a definição de políticas de apoio eficientes e melhora o conhecimento do IDE no geral, numa era de economias emergentes e de economias e multinacionais emergentes .
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