Summary: | “Os manuais são, no estado actual das coisas, uma necessidade: base de referência para o aluno, utensílio de investigação comum entre o professor e a turma, objecto de um percurso progressivo e traço perceptível deste percurso, o manual oferece uma segurança e um princípio de coerência que seria inútil procurar minimizar…” (José Rafael Tormenta) (1996: 9) A citação em epígrafe remete-nos para o carácter imprescindível que as editoras, as escolas e os Encarregados de Educação, entre outros, conferem ao manual. Este utensílio de trabalho parece ter-se enraizado na nossa sociedade e não mais querer partir. Todas as suas vantagens conquistaram o universo académico, pois ele permite a união entre o professor e o aluno, unifica o sistema de aprendizagem, e certifica a confiança e segurança do professor, entre todo um universo de benefícios inquestionáveis pela maioria do mundo escolar. Conquanto, cabe-nos a nós, professores, questionar essas vantagens e procurar alternativas à regra que superem esses mesmos benefícios trazidos pelos manuais, pois será melhor professor aquele que simplesmente se baseia num livro escrito por outrem para, assim, oferecer as suas aulas? Esta é uma questão actual que persiste e se procura contestar. No entanto, haverá, por certo, excelentes materiais nestes guias que permitem ao aluno aprender do melhor modo possível. É na qualidade dos manuais e na forma como são analisadas certas temáticas que pretendemos focar-nos ao longo desta dissertação. [...]
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