Summary: | A área metropolitana de Lisboa reflecte acentuados desequilíbrios regionais, a não existência dum modelo que perspective a sua sustentabílidade e competitividade, a falta de projectos integrados que envolvam a qualidade da paisagem humanizada, rentabilizem os recursos energéticos e potenciem a mobilidade. Apesar dos exemplos europeus, a região da Grande Lisboa enreda-se numa conurbação de cidades-subúrbios incapazes de se tornarem competitivas, de gerarem emprego, coesão social e qualidade de vida, traduzindo uma falta de modelos de referência e de teorias. As acessibilidades regionais são um factor determinante do desenvolvimento, mas não se compadecem com as indefinições de traçado e localização das grandes infra-estruturas, enunciando a ausência dum pensamento e de estudos cientificamente sustentados sobre as regiões. Assim, é necessário equacionar a competitividade das cidades e a sustentabilidade num primeiro nível, resolver os problemas da segurança e da violência urbana num segundo nível e a integração comunitária para que exista uma boa saúde mental num terceiro nível. Os modelos de referência e a sua adaptabilidade, os ambientes urbanos e as condições técnicas de acção, constituem três níveis interactivos, indissociáveis dum processo integrado de desenho. O debate está em aberto, mas como diz José Gil, pode haver um problema de não inscrição. (Rui Barreiros Duarte)
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