Comunicação entre médico e farmacêutico: benefícios para o doente

INTRODUÇÃO: Uma comunicação efetiva entre o médico e o farmacêutico influencia diretamente a satisfação do utente e proporciona uma série de benefícios associados entre os quais a promoção de saúde nas comunidades, eficácia da terapêutica, diminuição de erros clínicos e segurança do doente. MÉTODOS:...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Gonçalves, Ana Filipa Teixeira (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2020
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10437/10075
Country:Portugal
Oai:oai:recil.ensinolusofona.pt:10437/10075
Description
Summary:INTRODUÇÃO: Uma comunicação efetiva entre o médico e o farmacêutico influencia diretamente a satisfação do utente e proporciona uma série de benefícios associados entre os quais a promoção de saúde nas comunidades, eficácia da terapêutica, diminuição de erros clínicos e segurança do doente. MÉTODOS: O modelo CWR – Collaborative Working Relationship – é um modelo simples que permite que a relação entre profissionais de saúde seja construída passo a passo e evolua de forma plena. Realizou-se um inquérito dirigido a farmacêuticos e médicos, de caráter anónimo, composto por 15 questões. O objetivo foi avaliar a comunicação entre estes profissionais de saúde e, usando como base o modelo CWR, compreender melhor a realidade que se verifica em farmácias comunitárias e hospitais. Perceber e relacionar o que motiva ou não o contato entre o médico e o farmacêutico, permite colmatar falhas, melhorar atitudes e, consequentemente, os cuidados prestados ao utente. RESULTADOS: O inquérito foi respondido por um total de 127 indivíduos, dos quais 76 são do sexo feminino e 51 são do sexo masculino. A maioria pertence à classe farmacêutica e encontra-se entre os 41 e 50 anos. Embora o meio preferencial de comunicação seja o telefone, mais de 30% refere que raramente contata com o outro profissional. O motivo principal para este contato são os erros de prescrição. A grande maioria dos profissionais de saúde inquiridos – 74,8% (95 indivíduos) – considera que uma boa comunicação entre médico e farmacêutico é uma mais-valia na escolha terapêutica, na gestão de recursos e no acompanhamento e evolução do estado de saúde do doente. Ainda assim, muito não têm intenção de fomentar essa relação no futuro. CONCLUSÃO: A comunicação entre o farmacêutico e o médico é, sem dúvida alguma, uma ferramenta relevante na prestação de cuidados de saúde ao doente. Os benefícios de uma boa comunicação abrangem não só o doente mas também os profissionais de saúde e o próprio sistema de saúde. Atentando o modelo CWR e os resultados obtidos pelo inquérito realizado a farmacêuticos e médicos é claro que a comunicação entre profissionais de saúde pode e deve ser melhorada.