Summary: | O orçamento é considerado um pilar fundamental dos processos de controlo de gestão na maioria das organizações (Hansen et al., 2003). Contudo, nas últimas décadas, esta ferramenta tem sido contestada por vários autores e por diversos motivos, caracterizando-o como moroso, dispendioso e de benefício incerto, pelo que se considera que agrega pouco valor à organização. Enunciam ainda que, o orçamento tem a sua tomada de decisão centralizada, não respondendo de forma rápida e ajustada ao ambiente competitivo, com foco em metas fixas e incentivos ao desempenho, proporcionando comportamentos disfuncionais (Hansen et al., 2003; Hope & Fraser, 2003a). Para fazer face às críticas e limitações levantadas, vários autores apresentaram novas linhas de pensamento como abordagens alternativas ao orçamento tradicional (Hansen et al., 2003; Pyhrr, 1977; Sivabalan et al., 2009; Leon et al., 2012; Zeller & Metzger, 2013), expondo neste trabalho o orçamento de base zero e rolling forecast como ferramentas complementares. Deste modo, o presente trabalho visa contribuir para o aumento do conhecimento sobre o orçamento, com recurso ao estudo de caso da Sonae MC. Adicionalmente, pretende-se avaliar possíveis contributos do orçamento de base zero e rolling forecast para uma melhor concretização da sua estratégia. Com vista a dar resposta aos objetivos propostos, procedeu-se à revisão de literatura e investigação empírica, através de documentação pública e entrevistas realizadas. Como resultado do estudo de caso, verificou-se que o orçamento é considerado uma ferramenta essencial para a gestão da empresa. Contudo, e face às desvantagens apresentadas, são apontadas algumas oportunidades de melhoria com apoio a princípios inerentes ao orçamento de base zero e rolling forecast.
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