Summary: | O trabalho em equipa está presente nos mais diversos contextos. Focado nas equipas que atuam nos Centros ou Unidades de Saúde, este estudo procura compreender os fatores que contribuem para a eficácia dos profissionais na entrega de serviços de saúde com qualidade. Com base no modelo proposto por Zaccaro, Rittman e Marks (2001), o principal objectivo deste estudo foi estudar o papel mediador dos processos de coordenação (coordenação implícita e explicita) na relação entre os processos de liderança e a eficácia da equipa. Procuramos igualmente investigar em que medida variáveis contextuais, como é o caso da dimensão de cultura distância ao poder, pode influenciar esta relação. Foram aplicados questionários em 25 Unidades de Saúde da zona de Lisboa Central e periferias. Para a análise, contámos com um total de 22 equipas e um total de 202 profissionais de saúde. Globalmente, os resultados obtidos suportam a hipótese de que os processos de liderança promovem a eficácia da equipa. Contudo, quando a equipa se coordena explicitamente, estes passam a ter um efeito negativo na eficácia. A coordenação implícita não foi afetada pelos processos de liderança em causa, mas teve um efeito positivo na eficácia, sugerindo que quando as equipas se coordenam implicitamente, a liderança não é um fator necessário à sua eficácia. Conseguimos ainda perceber que a coordenação explícita foi o tipo de coordenação com maior efeito na perceção de eficácia. Os resultados são discutido tendo por base a literatura sobre liderança e eficácia das equipas.
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